Total de visualizações de página

VOCE ACHA CORRETO O ESTADO INTERFERIR NA FAMILIA(INTRAMUROS)?

domingo, 28 de fevereiro de 2010

mídia estimula violência contra mulher

26/02/2010 - 17h45

Conteúdo sexual na mídia estimula violência contra mulher, diz pesquisa




Um estudo divulgado nesta sexta-feira (26) afirma que a exposição de crianças e adolescentes a conteúdo sexual na mídia vem reforçando a ideia da mulher como objeto de desejo e alvo de violência doméstica.
O relatório Sexualização dos Jovens, da psicóloga Linda Papadopoulos, encomendado pelo Ministério do Interior britânico, diz que os jovens estão cada vez mais expostos a conteúdo relacionado à sexualidade por meio de revistas, televisão, internet e aparelhos de celular, sem que os pais consigam controlar isso.
Segundo ela, esse conteúdo está “legitimando a ideia de que as mulheres existem para serem usadas e de que os homens existem para usá-las”.
Nesse contexto, a pesquisadora entende que a posição da mulher como alvo de violência doméstica acaba virando comum e até aceitável.

Da sexualidade à violência

O estudo diz que as crianças estão sendo cada vez mais retratadas como adultos, enquanto adultos são infantilizados, o que confunde as noções de maturidade e imaturidade sexual.
Além disso, tanto mulheres quanto homens são levados pela mídia a buscar um ideal de aparência física "fora da realidade”, o que resulta em “insatisfação com o próprio corpo, um reconhecido fator de risco para a autoestima, para depressão e distúrbios alimentares”.
“Um tema dominante em revistas parece ser a necessidade das garotas de se apresentarem como sexualmente desejáveis para atrair a atenção masculina”, diz o estudo.
Seguindo esse mesmo raciocínio de subserviência feminina, a violência contra as mulheres acaba sendo banalizada.
O relatório aponta que, desde 2004, a exibição na TV de cenas de violência contra a mulher cresceu 120%, enquanto as de agressão contra adolescentes aumentou 400% no período. Além disso, no cinema, 75% dos personagens e 83% dos narradores são homens.

Papel dos pais e da escola

Papadopoulos entende que essa lógica explica os resultados de uma pesquisa do Ministério do Interior britânico divulgada neste mês.
A análise revelou que 36% dos britânicos acreditam que, em caso de estupro, a mulher deve ser parcialmente responsabilizada se estiver bêbada, e 26% pensam assim no caso de a vítima estar usando roupas sensuais.
A psicóloga cita ainda o dado de que uma em cada três garotas britânicas entre 13 e 17 anos já teve de fazer sexo contra a sua vontade, enquanto 25% delas já sofreram algum tipo de violência física.
Para reverter esse quadro, o relatório defende que os pais acompanhem mais de perto como seus filhos usam a internet e seus celulares e que o Estado tome medidas para coibir a banalização da sexualidade.
A pesquisadora também recomenda que as escolas tragam essa discussão sobre a igualdade de gênero para as salas de aula.



http://noticias.bol.uol.com.br/ciencia/2010/02/26/conteudo-sexual-na-midia-estimula-violencia-contra-mulher-diz-pesq

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

ACONTECE EM PERNANBUCO

Violência contra mulheres gera debate
A violência contra a mulher vem aumentando no Estado. De 2007 a 2009, o número de casos passou de 277 para 290, crescimento de 5%. Os dados, repassados ontem pela deputada Terezinha Nunes (PSDB), são da Secretaria de Defesa Social (SDS) e do site Pebodycount.
“Somente nos primeiros dias do ano, seis mulheres foram mortas”, destacou, citando o assassinato, na semana passada, de uma turista alemã, entre outros casos. O vice-líder da bancada de Oposição, deputado Alberto Feitosa (PR), rebateu, informando que “o governador Eduardo Campos (PSB) foi um dos primeiros a instalar uma Secretaria para tratar da defesa da mulher”.
Para Terezinha, enquanto o governador comemora a redução de 12% no registro geral de homicídios no Estado, por meio de propaganda, omite casos relacionados às mulheres. “É preciso discutir o assunto de forma transparente”, defendeu, lembrando que, em 2007, Campos lançou o plano de segurança para erradicar a violência contra a mulher, “mas esse não saiu do papel”. “Disseram que seriam construídas dez novas delegacias especializadas; 13 defensorias públicas, além de outras ações ”, cobrou.
O Governo, de acordo Feitosa, “não esconde estatísticas sobre a criminalidade, ao contrário do que ocorria na gestão passada”. “Eduardo tem a aprovação de 80% da população. Nenhuma entidade contestou os dados do Governo e Terezinha desconhece o Pacto pela Vida. Não se pode discutir um tema importante com tão poucas informações”, rebateu, enumerando ações implementadas como o Projeto Mãe Coruja, que congrega várias iniciativas de apoio às gestantes usuárias do sistema público de saúde.
Em apartes, Maviael Cavalcanti (DEM), Bringel (PSDB), Jacilda Urquisa (PMDB), Izaías Régis (PTB), Isabel Cristina (PT) e Luciano Moura (PCdoB) também se pronunciaram. “Para quem mata mulheres a punição deveria ser mais severa”, avaliou Cavalcanti. Bringel disse que aguarda a instalação de uma Delegacia da Mulher em Ouricuri, solicitada por ele no início da legislatura, e Jacilda frisou que, por falta de apoio do poder público, as mulheres temem denunciar os agressores.
“A maioria dos crimes é passional e não tem como a Polícia agir preventivamente”, observou Régis. Isabel destacou a importância do tema, entretanto disse que ele perde a essência quando é politizado. “Nos oito anos do Governo anterior, não se falava em política de segurança pública”, criticou Moura.
http://www.fisepe.pe.gov.br/cepe/materias2010/fev/legi04250210.htm



quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

agressores de mulheres são condenados

5-02-2010 07:00

96% dos agressores de mulheres são condenados, na PB


Mais de 90% dos agressores de mulheres denunciados pelo Ministério Público foram condenados. Entre janeiro e dezembro do ano passado, foram julgados no 1° grau 335 crimes de violência doméstica baseados na Lei Maria da Penha, em todo o Estado. Destes, em apenas 13 houve a absolvição, contrariando o pedido dos promotores de Justiça.
Apesar disso, o número de casos de violência doméstica que chega à Justiça está muito aquém da realidade, já que 55% dos brasileiros conhecem mulheres que sofreram agressões, conforme apontou uma pesquisa realizada, em março de 2009, pelo Instituto Avon e Ibope.
Na avaliação do psicólogo da Promotoria de Defesa da Mulher em situação de Violência Doméstica e Familiar da Comarca de João Pessoa, Carlos Antônio Fragoso Guimarães, vários fatores colaboram para a subnotificação. “Esse é um problema cultural. A mulher ainda não se vê como igual ao homem em relação aos direitos e deveres. Está muito intrínseco na educação que a mulher depende do homem, tanto que, muitas delas introjetam a culpa e se veem como causadoras do conflito. Por conta da vergonha de mostrar que o casamento faliu, a maioria demora a denunciar seus agressores”, explicou.
Segundo o psicólogo, na maioria dos casos, os agressores de mulheres são ex-parceiros. “Como a mulher é vista como o ponto mais fraco, ela acaba servindo de válvula de escape para o estresse do homem. Há um ranço patriarcal e uma de nossas funções (referindo-se à Promotoria da Mulher) é começar a reverter isso”, disse.
Promotoria instaura procedimento para exigir casas-abrigos
A falta de políticas públicas e de medidas protetivas eficazes são alguns dos principais problemas que colaboram para a subnotificação dos casos de violência contra a mulher na Paraíba, segundo o promotor de Justiça Luiz William Aires Urquisa, que atua na Promotoria de Defesa da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar da Comarca da Capital.
Em janeiro deste ano, ele instaurou procedimento administrativo para promover a aplicação da lei 11.340/2006 (conhecida como “Lei Maria da Penha”), principalmente no que diz respeito à construção de casas-abrigos para atender as vítimas da violência doméstica e seus dependentes menores. Esta semana, o MP encaminhou ofício ao secretário de Cidadania e Administração Penitenciária do Estado solicitando informações sobre a existência de casas-abrigos. O prazo para o encaminhamento da resposta é de 15 dias.
O objetivo da Promotoria de Justiça é propor um termo de ajustamento de conduta para que sejam construídas casas-abrigos em João Pessoa e em outras cidades. “No ano passado, atendemos uma mulher que foi obrigada a dormir na rua porque não há casa-abrigo no município. Oficiamos o caso à Delegacia da Mulher para que fossem tomadas as medidas protetivas e a retirada do agressor para que ela pudesse voltar para a própria casa. Queremos acabar com essa situação. A casa-abrigo é um suporte para a mulher vítima de violência doméstica. A partir do momento em que as mulheres sabem que existem essas casas, elas se sentem mais encorajadas a denunciar seus agressores”, argumentou.
Promotoria dá apoio e orientação
A Promotoria de Defesa da Mulher em situação de Violência Doméstica e Familiar da Comarca de João Pessoa começou a ser estruturada em agosto de 2009. Entre setembro e dezembro do ano passado, seis procedimentos administrativos foram instaurados para buscar informações complementares em relação às denúncias de violência doméstica contra mulheres. “Nosso trabalho é focado no direito difuso e em medidas protetivas. As mulheres que nos procuram recebem apoio e orientação para que sejam encaminhadas aos órgãos competentes, como a Delegacia da Mulher, o Centro de Referência da Mulher de João Pessoa e os hospitais públicos, que compõem a rede de proteção à mulher vítima de violência doméstica e familiar”, explicou o promotor Luiz Urquisa.
A promotoria dispõe de profissionais que prestam assistência jurídica e psicológica às vítimas e funciona no Centro da Capital, em frente ao Sesi. Os interessados podem ligar para o telefone 2107-6118 e buscar informações com o assistente jurídico Paulo Elias Silva. “É preciso melhorar o conhecimento que as pessoas têm sobre a Lei Maria da Penha e estamos fazendo isso”, disse.
O atendimento ao público na Promotoria acontece de segunda a quinta-feira, das 13h às 18h e na sexta-feira, das 7h às 13h. As informações são sigilosas. “As mulheres que nos procuram chegam aqui muito abaladas e estressadas, mas, depois do acolhimento e do atendimento que é dado na Promotoria de Justiça, elas já saem mais aliviadas”, disse a servidora Ivoneth Leite de Paulo.
O que diz a Lei?
Em vigor há mais de três anos, o artigo 35, inciso 2° da Lei Maria da Penha diz que a União, Estados, Distrito Federal e municípios devem construir casas-abrigos para as mulheres vítimas de violência e seus respectivos dependentes menores. Em 2006, a Assembleia Legislativa da Paraíba também aprovou uma lei que prevê a construção de casas-abrigos no Estado.
http://www.correioforense.com.br/noticia/idnoticia/52992/titulo/96_dos_agressores_de_mulheres_sao_condenados_na_P

sábado, 13 de fevereiro de 2010

EM ANGOLA mulheres preocuparem-se em aumentar os conhecimentos académicos e consequentemente evitar a violência doméstica

12-02-2010 16:14
Formação
Centro de aconselhamento do Cazenga encoraja crescimento académico das mulheres

Luanda – A responsável do Centro de Aconselhamento Jurídico da secção municipal da Família e Promoção da Mulher no Cazenga, Ana da Costa, disse hoje (Sexta-feira) que a aposta do seu executivo no presente ano é encorajar as mulheres a frequentarem as aulas de alfabetização.
 
Ana da Costa, em declarações à Angop, referiu que o aumento do nível académico e da formação profissional é uma das formas de reduzir os casos de violência doméstica.
 
A responsável disse que os elevados índices de pobreza, analfabetismo, associado ao desemprego são as principais causas dos casos de violência doméstica na municipalidade.
 
 " Se as mulheres preocuparem-se em aumentar os conhecimentos académicos terão outros horizontes e desta forma reduzir a pobreza e consequentemente evitar a violência doméstica no seio das famílias ", defendeu.
 
 A responsável é de opinião que muitas pessoas têm apenas como objectivo a procura do lucro fácil para sobrevivência e despreocupam-se com o investimento a longo prazo, baseado no aumento dos seus conhecimentos académicos.
 
 Segundo ela, algumas queixas registadas no centros são feitos por homens, mas por falta de cultura de denúncia, estes continuam a não registar as suas reclamações, e continuam aparecer em maior número nos crimes de violência contra as mulheres, o que dificulta a comparação.
 
Sem adiantar números, Ana da Costa frisou que os bairros da Sonef, Terra Vermelha, Bananeiras e do Curtume são os que registaram maior índice de violência doméstica e diariamente são atendidos 15 a 20 casos na Secção Jurídica.
 
Disse igualmente que as igrejas devem desempenhar um papel importante na divulgação de mensagens sobre a não violência, porque a secção por si só, não consegue chegar a todas as localidades.
 
 O município do Cazenga, considerado um dos mais populoso de Luanda, é constituído pelas comunas do Cazenga, Tala-Hadi e Hoji-ya-Henda.
 
http://www.portalangop.co.ao/motix/pt_pt/noticias/sociedade/2010/1/6/Centro-aconselhamento-Cazenga-enc

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

FLAGRANTE DE VIOLENCIA

ACONTECE NO RIO GRANDE DO SUL

Violência contra a mulher é tema de oficina

Extraído de: Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul  -  28 de Janeiro de 2010
Violência contra a mulher é tema de oficina
O tema Violência contra a Mulher e Controle Social foi abordado em oficina e palestra do Fórum Social Mundial - 10 Anos - Grande Porto Alegre , na tarde desta quinta-feira (28), na Assembleia Legislativa, onde ocorre parte da programação do FSM na região metropolitana. De acordo com a representante da Casa da Mulher Catarina e Rede Nacional Feminista dos Direitos Sexuais e Direitos Produtivos, Patrícia Alves de Souza, a violência contra a mulher pode ser física, moral, psicológica e patrimonial. "É um problema que afeta todas  as camadas sociais e espaços, prejudicando a sociedade como todo", destaca.
Patrícia esclareceu que é comum as mulheres realizarem várias denúncias ou buscarem ajuda repetidas vezes porque desejam que o agressor pare de tratá-las mal. "Recriminar este ato da mulher também é uma forma de revitimação", pondera. "Elas querem manter o vínculo porque gostam dele", acrescenta.
A palestrante esclarece também que toda a família precisa de acompanhamento psicológico e as políticas públicas precisam considerar este aspecto. Dados apresentados no evento apontam que três entre cinco mulheres já sofreram algum tipo de agressão no Brasil e que no mundo uma mulher é espancada a cada quatro minutos.
Outra representante da Rede Nacional Feminista dos Direitos Sexuais e Direitos Produtivos, Maria Luisa Pereira de Oliveira, destaca que os valores de gênero são construídos a partir de papeis impostos culturalmente. "Às vezes a própria família entende as agressões como naturais", explica. Maria ainda afirma que a mulher negra encontra mais dificuldade para enfrentar a violência devido a determinadas desigualdades existentes na sociedade em relação aos negros. Ela também afirma que as políticas públicas precisam ser articuladas entre si para que ocorra um atendimento adequado e redução da violência contra a mulher.
Patrícia acrescenta que se faz necessária maior divulgação dos locais de auxílio para tratamento psicológico, social e jurídico. São considerados avanços a Lei Maria da Penha e a instalação de juizados especiais de Combate à Violência Contra  a Mulher. Na oficina, os participantes aprenderam sobre a formação de um conselho local de saúde, discutindo um caso de violência contra a mulher.
Autor: Letícia Rodrigues - MTB 9373

ACONTECE NO CEARA

.370 denúncias de violência por mês

Uma média de 1.370 registros foram feitos por mês nas sete delegacias de defesa da mulher do Ceará no ano passado. Apesar do número de denúncias, mais mulheres foram assassinadas em 2009 em comparação com 2008
Larissa Lima
larissalima@opovo.com.br

08 Fev 2010 - 01h48min
(FOTO: EVILÁZIO BEZERRA) 
Em 2009, foram feitas 16.499 denúncias  de violência contra a mulher nas sete Delegacia de Defesa da Mulher existentes no Estado. Em outras delegacias, foram 12.516 boletins de ocorrências durante o ano passado
A recepção da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Fortaleza é climatizada e tem lugares suficientes para quem espera. Geralmente, o atendimento é rápido, dizem as usuárias. Mas não há conforto. As histórias que vão para os boletins de ocorrência (BOs) não deixam a mente quieta. No ano passado, 12.516 BOs foram registrados na delegacia na Capital. Às sete delegacias da mulher no Estado, chegaram 16.499 denúncias em 2009. Média de 1.370 ocorrências por mês, quase duas a cada hora. Mesmo com as denúncias, o número de mulheres vítimas de homicídio doloso aumentou 32,1% em 2009.

Casos de violência? Às vezes, a mulher nem consegue identificar. ``Ele não me agrediu, é mais uma perseguição``, tenta explicar uma vítima. Ela conta que o ex-companheiro faz visitas constantes ao seu local de trabalho, pedindo que ela retome o relacionamento. ``Não consigo viver, ele não me deixa em paz. Espero que a Polícia tome uma providência antes que aconteça coisa pior``.

Assim como ela, boa parte das mulheres que procuram as DDMs cearenses registram violências que não deixam marcas visíveis. As ameaças, por exemplo, representaram 8.156 dos casos. Ainda assim, o segundo maior índice de denúncias foi de lesões corporais: 3.225.

Mair mortes
Dados da Delegacia da Mulher e do Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Fortaleza também apontam que as mulheres têm procurado mais a Polícia e a Justiça em busca de proteção e da responsabilização do agressor. Apesar disso, as estatísticas da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) anunciavam mesmo antes do fim do ano passado um crescimento dos assassinatos de mulheres. No período de janeiro a 29 de novembro de 2009, 115 mulheres haviam sido vítimas de homicídio doloso, ou seja, com a intenção de matar. Um aumento de 32,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. 143 pessoas do sexo feminino foram vítimas de crimes em geral nos primeiros 11 meses de 2009, contra 109 no mesmo período de 2008.

Em todo o ano de 2009, 163 foram assassinadas, sendo 132 homicídios dolosos. Para a delegada Rena Gomes Moura, titular da DDM de Fortaleza, a Lei Maria da Penha e o crescente ``empoderamento`` das mulheres que reivindicam as garantias da legislação trouxe consequências que deságuam nas DDMs e nas estatísticas de homicídio. ``Podemos dizer que as mulheres estão denunciando mais. Infelizmente, a violência que chega a óbito teve um crescimento grande. Muitas vezes o homem aplica violências maiores para conter a vontade da mulher de denunciar``.

O caminho para diminuir a violência, no entanto, não é retroceder nas denúncias. ``Em apenas 20% dos casos de óbito a mulher tomou as providências legais. Geralmente, elas não chegaram a denunciar, a fazer um processo criminal. E, quando denunciaram na delegacia, não levaram até o fim no poder Judiciário``.


SERVIÇO

Delegacias de Defesa da Mulher no Ceará
>Fortaleza - Rua Manuelito Moreira, 12, Benfica. Telefone: (85) 3101 2496 / 3101 2495
>Caucaia - Rua José Rocha Sales, 155, Centro. Telefone:
(85) 3101 7926 / 3101 7927
>Crato - Rua André Cartano, 478, São Miguel. Telefone:
(88) 3102 1250
>Iguatu - Rua Martins Soares Moreno, s/n, Centro. Telefone: (88) 3581 9454
>Juazeiro do Norte - Rua das Flores, s/n, Santa Tereza. Telefone: (88) 3102 1102
>Maracanaú - Av. Padre José Holanda do Vale, 1961. Telefone: (85) 3371 7835 / 3371 7834
>Sobral - Av. Lúcia Sabóia, 350, Tamarindo. Telefone: (88) 3677 4282
>Central de Atendimento da Mulher: 180


REGISTRO DE CRIMES E BOLETINS DE OCORRÊNCIA

Pessoas do sexo feminino vítimas de crimes com morte, no Ceará em 2009
>Homicídio doloso: 132
(Fortaleza: 43)

>Morte suspeita: 10
(Fortaleza: 5)

>Homídio culposo: 8
(Fortaleza: 4)

>Lesão seguido de morte: 7
(Fortaleza: 3)

Boletins de Ocorrências registrados em 2009:

>Ameaça: 8.487 (6.700 em Fortaleza)
>Lesão Corporal Dolosa: 3.479 (2.883 em Fortaleza)
>Crime de Violência Doméstica: 1.250 (260 em Fortaleza)
>Injúria: 938 (679 em Fortaleza)

domingo, 7 de fevereiro de 2010

PENSAMENTO

... ao lado da nova mulher também se constrói o novo homem...

Casa Abrigo

7 de fevereiro de 2010 | N° 8707AlertaVoltar para a edição de hoje

VIOLÊNCIA

Abrigo para quem vive sob ameaças

As mulheres que se sentem ameaçadas pelos maridos também podem procurar ajuda no Centro de Referência de Atendimento a Vítimas, da Secretaria de Assistência Social. Em 2009, foram realizados 380 atendimentos.

De acordo com a coordenadora do órgão, Denise Maria Vieira de Simas Santos, o número de adolescentes entre 16 e 17 anos agredida pelo companheiro tem aumentado. Mas a entidades ainda não estatística sobre a violência contra a mulher. Denise apenas confirmou que a maior incidência de violência é na faixa etária entre 15 e 35 anos.

Para aquelas que correm risco e não tem aonde ir, o centro oferece a Casa Abrigo Viva Rosa. O endereço não é divulgado para garantir proteção às vítimas. Elas podem ficar no local com os filhos por 90 dias. Nesse período, recebem acompanhamento psicológico e encaminhamento ao mercado de trabalho.

Enquanto estão abrigadas, a Justiça tenta agilizar o processo para dar um encaminhamento adequado aos agressores.

O Programa de Proteção à Mulheres Vítimas de Violência (Pamvvi), também vinculado ao Centro de Referência, trabalha a auto-estima das mulheres além de auxiliar as vítimas nos processos.

Sentimento de culpa levou à denúncia
Em 2009, a Casa Abrigo Rosa Viva atendeu uma mulher que teve uma irmã e uma amiga mortas pelo marido dela. Por várias vezes, ele a ameaçou fazendo roleta-russa (girar o tambor do revólver e disparar, com apenas uma bala dentro). O sentimento de culpa pela morte de pessoas queridas e próximas fez a mulher denunciá-lo. Ela tem três filhos com o ex-companheiro. Depois de receber atendimento e o marido ser denunciado e preso, ela conseguiu emprego e hoje retomou sua rotina, sem medo.

http://www.clicrbs.com.br/diariocatarinense/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&source=a2801768.