Violência contra a mulher é tema de oficina
Extraído de: Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul - 28 de Janeiro de 2010
Patrícia esclareceu que é comum as mulheres realizarem várias denúncias ou buscarem ajuda repetidas vezes porque desejam que o agressor pare de tratá-las mal. "Recriminar este ato da mulher também é uma forma de revitimação", pondera. "Elas querem manter o vínculo porque gostam dele", acrescenta.
A palestrante esclarece também que toda a família precisa de acompanhamento psicológico e as políticas públicas precisam considerar este aspecto. Dados apresentados no evento apontam que três entre cinco mulheres já sofreram algum tipo de agressão no Brasil e que no mundo uma mulher é espancada a cada quatro minutos.
Outra representante da Rede Nacional Feminista dos Direitos Sexuais e Direitos Produtivos, Maria Luisa Pereira de Oliveira, destaca que os valores de gênero são construídos a partir de papeis impostos culturalmente. "Às vezes a própria família entende as agressões como naturais", explica. Maria ainda afirma que a mulher negra encontra mais dificuldade para enfrentar a violência devido a determinadas desigualdades existentes na sociedade em relação aos negros. Ela também afirma que as políticas públicas precisam ser articuladas entre si para que ocorra um atendimento adequado e redução da violência contra a mulher.
Patrícia acrescenta que se faz necessária maior divulgação dos locais de auxílio para tratamento psicológico, social e jurídico. São considerados avanços a Lei Maria da Penha e a instalação de juizados especiais de Combate à Violência Contra a Mulher. Na oficina, os participantes aprenderam sobre a formação de um conselho local de saúde, discutindo um caso de violência contra a mulher.
Autor: Letícia Rodrigues - MTB 9373
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