Canoas - O número de vítimas que registraram crimes de violência doméstica vem crescendo em Canoas. Conforme a titular da Delegacia da Mulher, Kátia Rheinheimer, a média de ocorrências na cidade cresceu em torno de 15% nos últimos três meses. "Na sede antiga (rua Major Szefredo) tínhamos em torno de 15 a 20 casos por dia, passando agora para cerca de 25", afirma. Entre os crimes mais comuns, segundo ela, estão lesão corporal, ameaça, vias de fato (lesão que não deixa marca), perturbação da tranquilidade, violência moral - a maioria injúria e agressão verbal. Kátia acredita que a nova localização da Delegacia (rua Cândido Machado, 106) tem incentivado as vítimas a buscarem uma punição aos seus agressores. "Não há estatísticas formais, mas a maioria das ocorrências é de agressão", diz a delegada. Uma das ocorrências, registradas ontem na DPPA e enquadrada na Lei Maria da Penha, acabou detendo em flagrante um homem de 27 anos após agredir a tapas a ex-mulher de 25 anos, na rua Encantado, bairro Mathias Velho. "Muitas vezes o agressor não fica preso porque alguns crimes são afiançáveis", esclarece a delegada. CICLO - Feito o Boletim de Ocorrência, solicita-se a medida protetiva de urgência para o juiz da 2ª Vara Criminal, que marca audiência entre as partes para averiguar se a denúncia prossegue. "Infelizmente, 80% optam pela renúncia e os casos tendem a se repetir", alerta. As causas da desistência, segundo ela, são variadas e perpassam o ciclo da violência. "Muitas sofrem de dependência financeira e psicológica, enfrentam questões culturais e judiciais, além do próprio medo", descreve. "Se a pessoa fosse penalizada, poderia ocorrer a reabilitação do agressor". Sendo o inquérito instaurado, segue a coleta de provas conforme os trâmites do Judiciário. "Algumas vezes, a família precisa de auxílio psicológico e não de polícia. Aí encaminhamentos para órgãos parceiros". http://www.diariodecanoas.com.br/site/noticias/policia,canal-8,ed-6,ct-502,cd-219950 | |
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
ACONTECE EM CANOAS
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