20h13min - 02/10/2009
Mulheres são maioria das vítimas em casos de violência doméstica
Uma pesquisa da Secretaria Estadual de Saúde revela que, em 75% dos casos de violência doméstica, as vítimas são mulheres. Na região, a lei Maria da Penha, criada há mais de três anos, tem encorajado as denúncias contra os agressores. Mas, em muitos casos, o medo ainda é um obstáculo para as mulheres se livrarem do perigo que vem de dentro de casa.
A mulher, que tem medo de mostrar o rosto, conta que o ex-marido, com quem viveu por sete anos, tentou matá-la três vezes. “O primeiro espancamento que ele me deu, que ele me bateu bastante; a segunda vez ele jogou um litro de álcool em cima de mim e pegou o isqueiro para riscar. Só que, no momento, deus mandou a mãe dele, e ela se agarrou com ele e pediu que ele não fizesse isso; e a terceira vez, ele jogou um jarro na minha cabeça que cortou a minha orelha", conta.
Histórias como essa serviram de base para uma pesquisa da Secretaria Estadual de Saúde, que entrevistou mais de 1,2 mil(1286) vítimas de violência doméstica. E traçou um perfil dos casos: 75% das vítimas são mulheres; 70% (70,8%) dos casos ocorrem dentro de casa. E 67% dos agressores são os parceiros.
Em Guaratinguetá, a Delegacia de Defesa da Mulher tem registrado aumento no número de denúncias. Mesmo assim, a delegada acredita que muitas mulheres ainda preferem ficar caladas.
Muitas vítimas alegam ter escolhido o silêncio por causa de frequentes ameaças de novas agressões do companheiro. O problema é que ao prolongar essa convivência, elas não deixam de correr esse risco. Segundo a delegada Ivone de Paula Ramos, "ela está correndo mais risco de ficar em silêncio, porque o autor vai sempre ficar impune se ela não denunciar", explica.
Ainda segundo a delegada, as mulheres não devem ter medo. Isso porque elas podem conseguir na justiça garantias contra os agressores. "São várias medidas que ela pode requerer ao juiz: o afastamento do agressor do lar, que ele seja proibido de se aproximar da vítima e dos filhos", diz a delegada.
"As mulheres que são agredidas pelos seus companheiros, não aceitem! Procurem sair! Porque eles pedem desculpa, mas eles sempre voltam a fazer a mesma coisa. E o fim é como a gente vê: muitas vezes as pessoas chegam a matar", aconselha a vítima.
Em caso de lesão corporal leve, o agressor pode pegar até três anos de prisão. Se a lesão for grave, a pena pode chegar a oito anos, sem direito a fiança.
Segundo a delegada da Polícia Civil, as mulheres não devem ter medo. |
Histórias como essa serviram de base para uma pesquisa da Secretaria Estadual de Saúde, que entrevistou mais de 1,2 mil(1286) vítimas de violência doméstica. E traçou um perfil dos casos: 75% das vítimas são mulheres; 70% (70,8%) dos casos ocorrem dentro de casa. E 67% dos agressores são os parceiros.
Em Guaratinguetá, a Delegacia de Defesa da Mulher tem registrado aumento no número de denúncias. Mesmo assim, a delegada acredita que muitas mulheres ainda preferem ficar caladas.
Muitas vítimas alegam ter escolhido o silêncio por causa de frequentes ameaças de novas agressões do companheiro. O problema é que ao prolongar essa convivência, elas não deixam de correr esse risco. Segundo a delegada Ivone de Paula Ramos, "ela está correndo mais risco de ficar em silêncio, porque o autor vai sempre ficar impune se ela não denunciar", explica.
Ainda segundo a delegada, as mulheres não devem ter medo. Isso porque elas podem conseguir na justiça garantias contra os agressores. "São várias medidas que ela pode requerer ao juiz: o afastamento do agressor do lar, que ele seja proibido de se aproximar da vítima e dos filhos", diz a delegada.
"As mulheres que são agredidas pelos seus companheiros, não aceitem! Procurem sair! Porque eles pedem desculpa, mas eles sempre voltam a fazer a mesma coisa. E o fim é como a gente vê: muitas vezes as pessoas chegam a matar", aconselha a vítima.
Em caso de lesão corporal leve, o agressor pode pegar até três anos de prisão. Se a lesão for grave, a pena pode chegar a oito anos, sem direito a fiança.
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