sábado, 10 de outubro de 2009, 17:24
Por: Reportagem Local
Por: Reportagem Local
Violência doméstica não escolhe cor, idade e situação financeira. Trata-se de algo que não envolve apenas a mulher, mas toda a família, que se vê em posição de vítima. Um problema sério, e até certo ponto, escondido da sociedade.
A Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) revela que as mulheres estão tendo mais coragem em denunciar seus agressores, porém ainda há muito a ser feito. Os casos se repetem cada vez mais. A costureira M.A.F.S., de 39 anos, diz que terminou o namorado com R.A.R., de 33 anos. R., mas ele ficou inconformado e passou a persegui-la. No início de outubro, R. teria telefonado para sua ex-namorada, exigindo que ela lhe atendesse. Com medo de escândalo, aceitou a visita. M. saiu de sua casa em direção à residência de uma amiga, porém foi encontrada pelo suposto agressor. Revoltado, R. cercou a costureira e teria passado a lhe agredir com socos e tapas na região da cabeça. O agressor ainda teria levado a vítima até a cidade de Pindorama, onde ficaram por aproximadamente uma hora. Durante o percurso, a vítima conta que ele a ameaçava de morte, além de afirmar que a mataria caso se envolvesse com outro homem. A vítima, amedrontada com as ameaças, procurou a polícia e lavrou boletim de ocorrência.
Embora haja quem acredita que os casos de violência doméstica só acontecem com vítimas que namoraram ou estão longe do casamento, não é verdade. A violência é comum entre casais. Uma das vítimas do ex-marido, que preferiu não ser identificada, contou que após dez anos de casamento decidiu se separar. Jamais esperava que aquele com quem teve três filhos pudesse vir a lhe agredir. Mas num belo dia recebeu a sua visita e passou a ser ameaçada. A vítima conta que tentou impedir o suposto agressor de levar o aparelho de som e a televisão, porém foi agredida e ameaçada. A dona-de-casa afirma que não pensou duas vezes, e para garantir sua segurança e dos seus filhos, procurou ajuda da polícia.
Outro caso que chamou a atenção da polícia foi de M.A., de 48 anos, moradora do Jardim Alpino. A vítima também procurou ajuda por medo de ser morta pelo ex-companheiro. M. relata que é casada com J.C., de 49 anos, e na noite do último dia 6 de outubro teria sido ameaçada de morte pelo marido. “Agora com a Lei Maria da Penha, o negócio não é bater, é matar de vez mesmo. Afinal, vou ser preso de qualquer forma”, teria dito o marido. M. conta que já registrou dois boletins de ocorrência contra o marido, por lesão corporal. Ela lembra que nas duas vezes ele tentou enforcá-la. Porém, mesmo com medo, a vítima não abandonou o agressor.
A Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) revela que as mulheres estão tendo mais coragem em denunciar seus agressores, porém ainda há muito a ser feito. Os casos se repetem cada vez mais. A costureira M.A.F.S., de 39 anos, diz que terminou o namorado com R.A.R., de 33 anos. R., mas ele ficou inconformado e passou a persegui-la. No início de outubro, R. teria telefonado para sua ex-namorada, exigindo que ela lhe atendesse. Com medo de escândalo, aceitou a visita. M. saiu de sua casa em direção à residência de uma amiga, porém foi encontrada pelo suposto agressor. Revoltado, R. cercou a costureira e teria passado a lhe agredir com socos e tapas na região da cabeça. O agressor ainda teria levado a vítima até a cidade de Pindorama, onde ficaram por aproximadamente uma hora. Durante o percurso, a vítima conta que ele a ameaçava de morte, além de afirmar que a mataria caso se envolvesse com outro homem. A vítima, amedrontada com as ameaças, procurou a polícia e lavrou boletim de ocorrência.
Embora haja quem acredita que os casos de violência doméstica só acontecem com vítimas que namoraram ou estão longe do casamento, não é verdade. A violência é comum entre casais. Uma das vítimas do ex-marido, que preferiu não ser identificada, contou que após dez anos de casamento decidiu se separar. Jamais esperava que aquele com quem teve três filhos pudesse vir a lhe agredir. Mas num belo dia recebeu a sua visita e passou a ser ameaçada. A vítima conta que tentou impedir o suposto agressor de levar o aparelho de som e a televisão, porém foi agredida e ameaçada. A dona-de-casa afirma que não pensou duas vezes, e para garantir sua segurança e dos seus filhos, procurou ajuda da polícia.
Outro caso que chamou a atenção da polícia foi de M.A., de 48 anos, moradora do Jardim Alpino. A vítima também procurou ajuda por medo de ser morta pelo ex-companheiro. M. relata que é casada com J.C., de 49 anos, e na noite do último dia 6 de outubro teria sido ameaçada de morte pelo marido. “Agora com a Lei Maria da Penha, o negócio não é bater, é matar de vez mesmo. Afinal, vou ser preso de qualquer forma”, teria dito o marido. M. conta que já registrou dois boletins de ocorrência contra o marido, por lesão corporal. Ela lembra que nas duas vezes ele tentou enforcá-la. Porém, mesmo com medo, a vítima não abandonou o agressor.
Delegacia da Mulher
A delegada da DDM, Maria Cecília de Castro Correa Sanches, conta que as mulheres estão mais fortes. “Com a ajuda da mídia, apresentando casos de violência e centros de ajuda, eu acredito que exista um aumento no número de mulheres que denunciam seus agressores”, conta Maria Cecília.
A delegada lembra que a agressão, na maioria das vezes, não começa, necessariamente, com a agressão física. “A mulher antes de apanhar é ofendida, tratada com palavras de baixo calão e humilhada, até que ela se deixa ser agredida”, explica. Maria Cecília conta que talvez o que falte nas mulheres é o pulso firme para impor limites nas relações. “O marido chega em casa, xinga a esposa, ela chora, fica triste e ofendida, porém não toma nenhuma atitude. Se ela se impor, procurar a delegacia e mostrar pra ele quais são seus limites, a agressão talvez não aconteça”, pontua.
Hoje em Catanduva as mulheres que são agredidas e procuram a ajuda da polícia, na maioria das vezes estão passando pela 3ª ou 4ª agressão; as vítimas não procuram ajuda quando são agredidas pela primeira vez, elas esperam parceiro mudar, pois acreditam nisso. “Quando a vítima chega, analisamos o caso e, se necessário, solicitamos medidas contra o autor e dependendo da gravidade, dá até prisão preventiva”, enfatiza Maria Cecília
A delegada lembra que em grande parte dos casos as vítimas lavram boletim de ocorrência, porém não têm coragem de representar contra seus agressores, pois acreditam que a violência nunca mais irá acontecer.
A delegada da DDM, Maria Cecília de Castro Correa Sanches, conta que as mulheres estão mais fortes. “Com a ajuda da mídia, apresentando casos de violência e centros de ajuda, eu acredito que exista um aumento no número de mulheres que denunciam seus agressores”, conta Maria Cecília.
A delegada lembra que a agressão, na maioria das vezes, não começa, necessariamente, com a agressão física. “A mulher antes de apanhar é ofendida, tratada com palavras de baixo calão e humilhada, até que ela se deixa ser agredida”, explica. Maria Cecília conta que talvez o que falte nas mulheres é o pulso firme para impor limites nas relações. “O marido chega em casa, xinga a esposa, ela chora, fica triste e ofendida, porém não toma nenhuma atitude. Se ela se impor, procurar a delegacia e mostrar pra ele quais são seus limites, a agressão talvez não aconteça”, pontua.
Hoje em Catanduva as mulheres que são agredidas e procuram a ajuda da polícia, na maioria das vezes estão passando pela 3ª ou 4ª agressão; as vítimas não procuram ajuda quando são agredidas pela primeira vez, elas esperam parceiro mudar, pois acreditam nisso. “Quando a vítima chega, analisamos o caso e, se necessário, solicitamos medidas contra o autor e dependendo da gravidade, dá até prisão preventiva”, enfatiza Maria Cecília
A delegada lembra que em grande parte dos casos as vítimas lavram boletim de ocorrência, porém não têm coragem de representar contra seus agressores, pois acreditam que a violência nunca mais irá acontecer.
Ajuda
Segundo Maria Cecília, as vítimas de violência doméstica sofrem traumas que muitas vezes não saem da lembrança. A delegada conta que as vítimas que procuram a DDM têm um suporte fornecido pela Prefeitura, de tratamento como psicólogos e terapeutas. “O município fornece para as vítimas um suporte psicológico, que na maioria dos casos é totalmente necessário”, conta. Hoje a Delegacia de Defesa da Mulher conta com um projeto que começou a engatinhar: duas estagiárias do curso de Psicologia para atender e orientar as vítimas. “Queremos com esse projeto que estamos iniciando, mostrar para estas mulheres quais são seus direitos, qual sua importância para a sociedade, resgatando a auto-estima”, explica. O projeto é totalmente gratuito e as estagiárias são voluntárias. A delegada conta que marcou uma primeira reunião com as vítimas que possuem cadastro na delegacia, porém a frequência não foi a esperada. “Não podemos perder as esperanças, quero conscientizar estas mulheres fornecendo este espaço pra elas serem ajudadas”, pontua.
A DDM fica localizada na rua Belo Horizonte, 297, Centro – Telefone 3523-2279.
Segundo Maria Cecília, as vítimas de violência doméstica sofrem traumas que muitas vezes não saem da lembrança. A delegada conta que as vítimas que procuram a DDM têm um suporte fornecido pela Prefeitura, de tratamento como psicólogos e terapeutas. “O município fornece para as vítimas um suporte psicológico, que na maioria dos casos é totalmente necessário”, conta. Hoje a Delegacia de Defesa da Mulher conta com um projeto que começou a engatinhar: duas estagiárias do curso de Psicologia para atender e orientar as vítimas. “Queremos com esse projeto que estamos iniciando, mostrar para estas mulheres quais são seus direitos, qual sua importância para a sociedade, resgatando a auto-estima”, explica. O projeto é totalmente gratuito e as estagiárias são voluntárias. A delegada conta que marcou uma primeira reunião com as vítimas que possuem cadastro na delegacia, porém a frequência não foi a esperada. “Não podemos perder as esperanças, quero conscientizar estas mulheres fornecendo este espaço pra elas serem ajudadas”, pontua.
A DDM fica localizada na rua Belo Horizonte, 297, Centro – Telefone 3523-2279.
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